Biografia Não Autorizada

ANO: 2013 | ONDE: Teatro MuBE Nova Cultural (São Paulo – SP) e Festival de Ilha Comprida

Estrelada por Marcos Oliveira e dirigida por Jair Assumpção, a comédia Biografia Não Autorizada, de Daniel Torrieri Baldi e Maristela Bueno, conta a história de um ator que resolve escrever sua própria biografia quando se vê esquecido e desprezado pela mídia.

 

Por meio de sua autobiografia, Modesto Valadares quer escancarar a sua revolta com os bastidores da televisão e se vingar de todos aqueles que o prejudicaram no decorrer da sua carreira. Misturando comédia, drama e sarcasmo, o espetáculo traz Marcos Oliveira como protagonista num hilário debate com a própria consciência – interpretada pelo ator Tiago Robert. Ela vem à tona para contar a grande verdade: quem sempre buscou reconhecimento e imortalidade como encara agora a mortalidade?

 

O diretor Jair Assumpção diz que “a peça representa o tragicômico da vida do ponto de vista de um ator que teve os holofotes da televisão ao seu favor e, na velhice, se vê relegado ao terceiro plano”. E completa: “Este texto revela o saber irônico da comédia da vida com sua dor física, moral e emocional. O público vai se identificar com a humanidade da personagem que traz a comédia nas memórias absurdas e a visão cômica do real”.

 

A montagem promove este cômico encontro do ator com sua consciência em um minúsculo e entulhado apartamento, onde guarda seus restos de glória e sua solidão. Só lhe resta a miséria da vida. Ele bebe para anestesiar a dor e faz uso de remédios para esquecer seu drama. O diretor explica que o contraste entre o sonho e a realidade da personagem é discutido com muito bom humor, passando por fatores como sorte, imaturidade, vaidade e a não percepção da realidade à sua volta. “A consciência provoca, instiga e questiona; revela o indizível. Quem sairá vitorioso nesse embate?”

 

Marcos Oliveira defende que o personagem é mais real do que fictício e está muito próximo da realidade dos atores brasileiros. “Muitos atores passam pelo auge e depois chegam ao fundo do poço. A peça questiona essa instabilidade. É muito fácil você ter reconhecimento e depois não ter mais; é nesse momento que a gente começa a lidar com os nossos sonhos e pesadelos.”

 

O diretor acredita na importância de mostrar esse lado tragicômico da vida dos artistas. “A profissão de ator é regulamentada no País, porém muitos profissionais não têm acolhimento algum no final da vida. A TV estimula não só o talento, mas também o uso da imagem e da beleza. Há um abandono e o que sobra são pedaços de memórias risíveis e coisas dramáticas”.  Assumpção finaliza dizendo que ícones como o artista, a TV e a velhice são desvendados nesta comédia.

 

A peça ficou entre as cinco comédias recomendadas pelo jornal “O Estado de São Paulo” e foi convidada a participar do Festival de Ilha Comprida no mesmo ano.

Galeria de fotos
Ficha Técnica

Autores - Daniel Torrieri Baldi e Maristela Bueno

Direção - Jair Assumpção

Diretora Assistente - Nara Marques

Elenco - Marcos Oliveira e Tiago Robert

 

Direção de Arte e Adereços - Monica Nassif

Figurinos - Paula Sabbattini

Visagismo - Kene Heuser e Paula Sabbattini

Iluminação - Rodrigo Alves (Salsicha)

Trilha Sonora e Sonoplastia - Fábio Sá

 

Direção de Produção - Daniel Torrieri Baldi

Produção Executiva - Mariana Marcondes

Preparação Corporal - Felipe Hofstatter

 

Direção de Cena - Nicolau Ayer

Assistente de Produção - Gustavo Amaral

Operador de Luz - Alex Sandro Duarte

Operador de Som - Marcelo Santiago

Cenotécnica - M.E. Serviços Cenotécnicos

Cabelo e Maquiagem - Junior Moicann

Camareira - Edite Nartis Sanches

 

Administração - Fernando Rossilho e Anna Amélia Torrieri Baldi

Assessoria Contábil - Eduardo Belvedere (Contclass)

Comercialização - Elo3

 

Assessoria de Imprensa - Verbena Comunicação

Design Gráfico e Fotografia Artística - Francisco Júnior (Juh Ninho)

 

Realização - Desembuxa Entretenimento