Rita Madalena é um filme bem-humorado sobre a eterna busca do relacionamento ideal, protagonizado por Marcos Azevedo, Rosângela Lourenço e Waleska Praxedes e dirigido por Rodrigo Gontijo e Daniel Torrieri Baldi. Inspirado no romance Os Indecentes, de Eduardo Haak, o curta-metragem tem roteiro de Adriana Brunstein.
Depois de homens e mulheres terem conquistado a plena liberdade no que se refere às suas sexualidades, parece que se criou a lógica do quanto mais, melhor. A liberdade se encontra, acima de tudo, na possibilidade de se continuar buscando e buscando o relacionamento ideal. A fantasia criada em torno dos desencontros que se enfrentam nesta atmosfera de modernidade pode ser a de que não encontremos alguém suficientemente capaz de nos entender.
Criamos expectativas em relação a modelos ideais e a estereótipos sobre-humanos para garantir o prazer e a completude. Tende-se a sentir que o melhor é sempre o que ainda não foi atingido, e, por conseguinte, quem está ao alcance é tido como insuficiente e pouco motivador para um aprofundamento amoroso.
Na história, Arthur (Marcos Azevedo) se encanta por um dançarina, a qual não conseguiu ver o rosto dentro da cabine de peep-show. Encantado por ela e por sua performance, cria um rosto para essa mulher – a quem chama de Rita Madalena – e passa a imaginá-la como uma mulher de diferentes personalidades nas mais variadas situações vividas ao lado dele.
Afinal, Rita Madalena existe?